Um cantinho só meu
pra quando eu quiser ser só eu.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Você na goma, eu... 

Agora eu sei...
que entre versos e músicas
e filmes e danças
eu flutuo absorta
Apareço e desapareço
entre um ou outro
dos seu outros tantos
divertidos pensamentos

Se me recordo
não, não me recordo.
Só de um ou outro pensamento divertido
entre tantos outros
nem tão divertidos assim.

A cidade pra mim
tinha cara de falta.
Pra você é pura abundância
Exagero puro

Eu penso em fazer cinema
Sonho em fazer rima
Alimento dançar.
E você dança, rima e faz. 

E eu gosto.
De ver você
Cinema, dança e rima.
Eu amo.
Você, cinema, dança e rima.

Mas cinema, dança e rima seus
são espelhos meus
de alguém nem tão cinema,
nem tão dança, nem tão rima assim.

Você conhece pessoas bacanas
Eu faço cálculos chatos
Você conversa metafísica
Eu presa no trânsito
Você come pizza
Eu conto calorias
Você fotografa
Eu uso óculos pra esconder
Você compra livros
Eu pago contas
Você na goma,
eu...

quarta-feira, 7 de outubro de 2009


Projeto Divulgação Cultural - Pesquisa e Levantamento de Dados procura parceiros!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Gravação de programa piloto do qual faço parte...
Tecnologia, interação, coletividade são palavras chaves.
É um vitrine pra mostrar que cada um é um, e cada um é diferente...
Mas no fundo somos mesmo todos iguais.

No momento só muitas fotos...
O resto ainda é surpresa.



























quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Em abril desse ano fui duas vezes a trabalho para Santiago, no Chile... Nos comentários que fiz a amigos falava 'acabei não conseguindo visitar muita coisa!' E era essa a percepção que tinh daqueles dias. Hoje uma grande amiga me disse que estava indo à cidade e resolvi arriscar escrever algumas linhas com dicas sobre a viagem, porque sei que temos gosto em comum e também porque realmente gostei muito da cidade. Ao começar a escrever, achava eu, umas 5 linhas, me deparei com um texto um pouco maior, em que as recordações e memórias daqueles dias pipocaram em frente à tela. Ao final do texto, cheguei à conclusão que sim, foram dias tensos e cheios de trabalho, mas eu havia verdadeiramente visitado Santiago. A cidade ainda está em mim... Posto aqui minhas recomendação à minha amiga, e quem sabe, não servem pra você também...

"Acabei gastando um tempinho escrevendo sobre minha ida à Santiago e percebi que até que consegui conhecer bastante coisa lá... Rs... A loucura do trampo não tinha me permitido reconhecer isso... Espero que gostem das dicas! Pra começar tentem acordar (caso são como eu, que tenta dormir em viagens de avião) faltando uns 40 minutos pra chegar em Santiago. Nos últimos 30 minutos de voo o avião passa por cima das Cordilheiras dos Andes, e o visual por si já é um espetáculo! O avião diminui a velocidade (porque está chegando ao destino), e as montanhas ficam bem perto mesmo... é lindo!


Vista aérea das Cordilheiras dos Andes.

A loja que falei é a Falabella. Só de andar por Santiago você vai ver anúncios e letreiros dela por todo canto, normalmente vermelhos. Lá eu comprei muitas coisinhas bonitinhas como acessórios, chapéus bolsas, bijus... Vale a pena também pra casacos de frio, que devem estar liquidando agora, né? Pra você ter idéia paguei cerca de $ 60 em um casaco de lã lindinho... As moças com certeza vão gostar mais que os rapazes... Tirem uma tarde de folga deles e mergulhem sem culpa! Deixem eles enchendo a cara em uma vínicola e sigam pra lá! Diz que tem também uns out-lets bem baratos, mas não consegui ir. Pergunta que você acaba descobrindo...

As vinícolas: o evento que fizemos foi na Tarapacá e Viña Santa Carolina. A Santa Carolina é pertinho, ddentro da cidade mesmo e dá pra ir super fácil. Lá é bem antigo e lindo, mas é pequena... Tem uma lojinha com vinhos de ótimos preços. Aquele que levei pra sua casa aquele dia é de lá! Se não me engano é o Reserva de Família. Dizem os entendedores que é um bom vinho com excelente custo-benefício. A Tarapacá é mais longe, mas dizem que o lugar é lindo, lindo, e tem uns kits também bem baratos. Só nas fotos já dá pra ver que vale a pena. Ela é mais refinada que a Santa Carolina (que é bem mais rústica, mas se não me engano é também a mais antiga!). A Concha e Toro também dizem ser legal, tem uns tours que você compra com passeios e tal, mas é mais longe, tem que contratar van.

Tonéis da Viña Santa Carolina.

Salão da Viña 'vestido' pra noite.

Todo mundo indica o Mercado Central. Tá certo, todo e qualquer mercado central é bacana, mas vá lá, não é um mega evento. Ele é pequeno, e o mais curioso mesmo é a atmosfera de competição que os garçons estabelecem por conta dos gringos (no caso nós!) Rs... Eles vêm que é brasileiro, já começam a puxar papo na hora, perguntam qual o time que torce e blá, blá, blá, você já sentou na mesa deles. Pros que gostam de frutos do mar uma boa pedida é a mariscada, ou aquele king crab que eles até trazem na mesa pra você fotografar e tudo. Meio barango, mas vá lá... faz parte! Eu, como não gosto, optei por um peixe muito bom, que recomendo, chamado congrio. Veio num prato tipo o nosso pf, mas com 2 (verdade!) ovos e batata frita! Uma bomba, mas pitoresco! Ah, a cerveja na caneca é bem gostosa também! O próprio Chile produz algumas gostosas...


Mariscada...

Congrio, ovos e fritas nadando no óleo: pf!

Um passeio, que eu particularmente não consegui fazer, é o teleférico de um parque municipal que fica exatamente atrás do Sheraton, em uma montanha. Sorry, mas não sei o nome exato. Dizem que lá em cima tem um restaurante que dá pra almoçar e aproveitar a vista. Super relax e fica num bairro lindo de lá... É só perguntar onde é o Sheraton, e ir pra trás dele!

Santiago vista de noite pela janela do Sheraton.

Vista de manhã pelo outro lado do hotel.

Um outro lugar bem legal é o Club de La Union, que foi onde fizemos o jantar do evento Lá é um clube inglês, privé, do tipo decadente (rs...), mas lindo, lindo! Várias peças de arte, bem antigas. Não sei se eles tem visitação ou mesmo se é possível jantar lá, mas fica pertinho também, bem no centro. Dá pra checar.


Club de La Unión preparado para noite de gala.

Ah, muito cuidado nessa hora: os taxis são super baratos lá, só que quando eles percebem que é gente de fora, sobem o preço. Ou seja, exija sempre pagar pelo taxímetro e não pela corrida. A menos que você faça um acerto que tenha certeza de que vale a pena. Num dia à noite quando falamos que íamos para o Sheraton, um deles falou “é quatro mil pesos”, sendo que pelo taxímetro não dava mais que mil e quinhentos.

Pra finalizar indico uma caminhada pela região central à noite, onde estão todos os bares, boates e afins. O bairro chama-se Providência. É famoso e o legal é passear a pé mesmo (a cidade é super segura!) e ir vendo as casas. Cada esquina tem um bar diferente: eletrônico, ao lado de reggae, ao lado de música latina... Uma diversidade só. Os jovens fazem fila nas portas, as ruas ficam cheias de gente. Tem uma parte que é mais popular (mas que vale pelo programa cultural em si!) e uma outra onde estão os restaurantes mais chiques, pubzinhos e tal. Se quiserem um jantar bem legal eu recomendo um restaurante! Se não me engano chama “Como Agua para Chocolate”. É D-I-V-I-N-O! A melhor parte, é claro, é a sobremesa... Não deixe de pedir o famoso Tres Leches da casa. É de comer rezando!"

Voilá!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Meus pés se afundam em uma lama negra que sobe devagar e me coloca em uma sombra sem fim. Vai entranhando meus poros, devagarinho, com força de mágoa retorcida que eu finjo que não vejo. Vejo e sinto, e vejo, e sinto. Sinto muito, digo eu na amargura desses meus muitos dias desperdiçados. Mas eu vejo, sinto muito, que eu não merecia tanto desamor. O que eu tinha virou um pó que agora custa a decantar. Tá no ar, parado, fazendo minha respiração menos viva. Uma alergia ao futuro que me consome, como algo que não vai virar realidade. Me lembro dos primeiros dias e desde lá eu achava que não era pra ser. Sentia, não sei se já disse, que tinha prazo de validade. E a vida foi me fazendo acreditar devagarinho e quando eu realmente acreditei, e vivi, e sonhei, ela soprou no meu ouvido direito que eu não acreditasse. Se tivesse soprado no esquerdo talvez eu tivesse corrido a tempo de reverter tamanho descuidado. Mas o direito, ah o direito. Fez meu coração virar pedra e minha cabeça assumiu o controle da minha vida. Os “e se” que já não faziam parte de mim começaram a pipocar e eu virei alguém que duvida novamente. Já não sei se houve amor algum dia. Juro que não sei. Duvido com a força de quem não duvida de muita coisa na vida. Sinto um amor-quase-amor desses que eu também já senti. E talvez por isso eu mesma o reconheça. Um amor desbotado talvez, mas não amor com o meu: forte, reto, direto. Se existe, é sinuoso, duvidoso, escapa.
Não me convidaram a entrar nesse sonho. Foi sonhado sozinho, sem minha ajuda. Boba eu que imaginei que seria convidada. Quase a dona da festa. Não fui. E não serei. Isso eu já aprendi. Só agora eu aprendi. Retratos de gente bem resolvida que não precisa de afago. Nem de consolo. Eu não sei do se trata. Deveria, mas não sei. Só detalhes… Mas outros que te viveram bem menos o sabem. Bem mais que eu. Querida meia amiga, eu lhe digo, e preste atenção no que eu lhe digo, pois eu demorei muito a descobrir e agora te dou de mãos beijadas: saiba você que os sonhos não sonhados acontecem bem mais depressa. E eu, que não tenho carisma e nem dei pro diretor, sou apenas um corpo parado no ar, nas incertezas dos meus sonhos que de tão sonhados parecem que não tem corpo pra virar matéria. Aproveite seus momentos, cara amiga. Isso lhe digo. Desfrute cada detalhe. E se quiser, fique à vontade nesse mundo que era só meu. Mas vê se no the end você me liga e me conta como foi feliz. Assim eu quero, prometo a você. Assim eu quero. Tamanho é o meu amor. Quero-o feliz até longe, se assim a vida quiser. Quero meus sonhos felizes na vida de qualquer outra. Se assim se vida quiser.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Diz pra mim que nunca fingiu um orgasmo, que jamais mentiu sua idade, seu peso, que não pinta o cabelo, que está super feliz, que não pensa mais nele e que lembrou do aniversário, mas estava viajando a negócios. Diz que não conta pros amigos que traçou ela no primeiro encontro, nem que disse pra ela que ligaria no dia seguinte. Eu sei que não é verdade que você gostou da blusa cor de abacate que ganhou do chefe na festa de amigo oculto da empresa, que gosta de lambida na orelha, de fazer sexo oral. Admite que não gosta de comédia romântica, que não se lembra do primeiro encontro e muito menos da roupa que ela estava usando. Que nunca soube quantas tequilas tomou e que foi você quem a beijou. Mente vai. Mas mente com força porque eu sei que você sabe, que eu sei que você sabe, que eu sei que você mente que seu intestino funciona regularmente, que você está satisfeita com seu casamento, que o filho foi desejado, que nunca deu pro chefe, que ama sua sogra, que não vê filme pornô, que nunca se masturbou no chuveiro, que está satisfeita com seu emprego e que nunca teve vontade de matar alguém. Espalha que jamais pensaria em suicídio, que nunca tomou remédio pra emagrecer, que engole mas que tem nojinho daquilo. Mente que nunca beijou mulher, e finge que não se lembra que beijou homem e mulher ao mesmo tempo. Me diz que nunca cheirou cocaína, detesta maconha, jamais colou meleca na parede, nunca fez pum dentro do elevador sozinha, e não foi quem comeu desesperadamente uma lata de sorvete e três caixas de Bis em menos de 43 minutos, no dia em que ele te deu o fora. Duvido que você não tenha comparado seus seios com os dela, o tamanho do dito cujo do atual com o do ex, ou que não tenha reparado na quantidade de celulite que ela carrega na bunda. Mas já falei, que se vai mentir é pra mentir mesmo, sem deixar eu perceber que você tem inveja da sua amiga, que morre de ciúmes dele, que não suporta o hálito cheirando a cigarro que ele insiste em exalar, que adora mocassim com meia. Mente que fico linda quando acordo, que sou sua alma gêmea, sua cara-metade, a mulher da sua vida, a menina dos seus olhos, seu porto-seguro, sua luz no fim do túnel. Mas se vai mentir, mente direitinho.
Faz frio aqui, principalmente sem seu afago quente bem posicionado atrás do que eu sou. Mais de seis horas separam a gente e milhões de quilômetros, pessoas, países e um universo inteiro que não me deixa pensar. Penso e é esse meu mal. Penso demais. Sei que você apaga os rastros, não se faz entender e meu joelho dói. Dizem os especialistas que joelho indica estima. Não duvido que a minha esteja abalada. Não deveria, eu sei que não deveria. Mas é esse outro meu ponto fraco. São vários, deixe que te avise, antes que acredite no que dizem de mim aí fora. Que sou perfeita. Todos mentem, menos eu. Sou possessiva, louca varrida, covarde e não gosto de escovar os dentes. Meu joelho dói, minha cabeça dói, meu corpo todo dói e meu coração não entende bulhufas do que se passa aqui dentro de mim. E eu continuo sem sono, é melhor que te avise. E quando começar a falar besteiras é porque sei que está na hora de dormir. Se eu não desconfiar just let me know, ok? Odeio ser a última a saber. Odeio também não ser boa em alguma coisa. Queria nascer sabendo tudo. Ou poder configurar programas, simples assim. Odeio não saber fazer minhas próprias unhas. Pronto: já comecei a falar besteiras e você, nem ninguém, me avisou. E pra ser sincera não sinto que você vá me avisar alguma coisa algum dia. Que vai me dizer a verdade. Não vai. Vai me pegar de surpresa. Eu sei, eu sinto e não é mais um ataque de quem se sente perseguido. Aliás tem um nome pra isso que eu acho que eu tenho... God'dammit! Eu odeio saber que vou ser surpreendida!