Um cantinho só meu
pra quando eu quiser ser só eu.


domingo, 26 de abril de 2009

Tive medo de ver um filme de amor hoje, logo hoje, que meu pobre coração - óh pobre coração - parece do tamanho de uma uva passa. Maltratado. Arrasado. Amassado. Cravado de incertezas. Logo hoje, que meu coração ressente os desgastes de um amor mal resolvido. Ou bem resolvido até demais. Que Tristão e Isolda tivessem sofrido menos, e que eu soubesse que o meu fim será menos trágico. E o pior é que não sei. E conviver com essa dúvida faz meu probre coração murchar dariamente. Mas e porque sofrem os amores? Maltratados pela rotina. Desgastados pelo dia-a-dia de acordar e dormir procurando razões que as próprias razões às vezes reconhecem por demais? Seriam felizes aqueles que conseguissem se apaixonar a cada dia. A cada noite bebida com vinho do amor de Isolda. Renovado diariamente, num romance eterno infindável. Amor por si só já é dolorido demais porque faz conviver com a dúvida da eternidade. Ou com a certeza da efemeridade. Do sofrimento. Se pudéssemos nós optar pelo amar ou não-amar, ou por des-amar antes de ser des-amado, será que o faríamaos? Se você começasse a amar sabendo que um dia ia acabar, escolheria o não amar?

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